sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Dúvidas comuns sobre as próteses de silicone


Muito empregado nas cirurgias plásticas de seio, nádegas e panturrilhas, o silicone ainda provoca uma certa desconfiança e algum temor em algumas pessoas. Não há motivos para isto. Se o material for utilizado da forma correta, obedecendo aos critérios médicos, o silicone, em si, não representa ameaça alguma ao organismo.

O silicone empregado, hoje, nas próteses é seguro, garante o médico. Para pessoas saudáveis, depois da puberdade, as contra-indicações são pouquíssimas. O silicone não é indicado para pacientes que apresentam alguma doença imunológica, mais pelas conseqüências cirúrgicas do que pelo material em si. Também não há nenhum problema em colocar as próteses de silicone nos seios e engravidar. O silicone não impede ou atrapalha a amamentação. As próteses são colocadas abaixo das glândulas mamárias.

Validade das próteses:
Outro questionamento recorrente sobre o silicone é sobre a validade das próteses de silicone. Quanto a este ponto, antes que a paciente se submeta à cirurgia, é preciso que o médico esclareça que uma prótese de silicone não dura por toda a vida. O tempo de vida útil de uma prótese é algo imponderável e completamente individual. É preciso entender que o corpo encara a prótese como um transplante, e, em alguns casos, há rejeição à prótese de silicone. O médico conta que, em algumas vezes, acontece o encapsulamento da prótese pelo próprio organismo, ou seja, o corpo cria um invólucro contra a prótese, deformando o seu formato. Esta reação do organismo pode causar dores e muito desconforto, fazendo com que a paciente procure novamente o cirurgião plástico para uma reavaliação. De uma maneira geral, aconselhamos que a cada ano após o implante, se faça uma revisão da prótese, pois a troca também pode se tornar necessária em função da flacidez da pele ou do reposicionamento dos seios. Por exemplo, depois de uma gestação, o corpo da mulher passa por uma série de transformações, a troca da prótese pode ser feita para devolver o equilíbrio à silhueta. No passado, os problemas com as próteses de silicone eram mais freqüentes, hoje, eles diminuíram bastante, mas isso não significa que o controle anual possa ser deixado de lado. Através de um exame de ressonância magnética ou da ultra-sonografia é possível checar a integridade das próteses e sua segurança. Esse tipo de procedimento evita aborrecimentos futuros e garante um tempo de durabilidade maior aos implantes.

Tamanho é questão de bom senso:
E quando o assunto é o tamanho das próteses, segundo o médico, o que deve prevalecer é o bom senso. Não há um limite definido para o tamanho da prótese de silicone a ser implantada. A questão a ser considerada é se a prótese escolhida é compatível com o biotipo da paciente.


Dr. Ruben Penteado é cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e diretor do Centro de Medicina Integrada.

Créditos: Yahoo

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